O Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos
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Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus dentre os
mortos, descrita no Novo Testamento como tendo ocorrido no terceiro dia de seu
sepultamento após sua crucificação pelos romanos. É o ponto culminante da
Paixão de Jesus, precedida pela Quaresma (ou Grande Quaresma), um período de
quarenta dias de jejum, oração e penitência.
Dentro da Páscoa temos o Domingo de Ramos que marca o
momento em que o Filho de Deus entrou em Jerusalém em triunfo, cavalgando nas
costas de um jumento, enquanto multidões, que mais tarde pediam que ele fosse
morto, prestaram homenagem a ele.
Os cristãos acreditam que foi uma semana antes de sua morte
e ressurreição, e os eventos daquele dia são lembrados em cultos especiais do
Domingo de Ramos a cada ano.
Então, como é que o Domingo de Ramos recebeu esse nome?
O nome Domingo de Ramos vem dos ramos de palmeiras que as
pessoas colocaram no caminho de Jesus enquanto ele entrava em Jerusalém no
jumento.
Ramos de palmeiras são um símbolo amplamente reconhecido de
paz e vitória, e nos tempos bíblicos eram muitas vezes lançados diante dos pés
de um herói conquistador em homenagem.
Quando Jesus chegou à Cidade Santa, os escritores dos
Evangelhos disseram que as multidões colocavam ramos de palmeiras e roupas a
seus pés para homenageá-lo. Tinha sido previsto no Antigo Testamento que as
pessoas reconheceriam o Messias quando ele entrasse na cidade, e então
colocariam as palmas das mãos a seus pés.
Agora, durante a missa do Domingo de Ramos, as palmeiras são
distribuídas aos paroquianos que os levam em uma procissão ritual na igreja. As
palmas das mãos são abençoadas com água benta. As pessoas agora recebem
pequenas cruzes, feitas de palmas, para levar para casa com elas.
Tradição catalã - o
“tortell” do Domingo de Ramos
O tortell aparece em algumas celebrações festivas do ano, em
Catalunha: o tortell de Reis, o Tortell de Santo Antonio e o tortell do Domingo
de Ramos. O tortell é um bolo de massa em forma de rolo e recheado com vários
produtos. O tortell do Domingo de Ramos é dado pelos padrinhos aos afilhados.
De acordo com alguns analistas, em tempos remotos, estes eram ofertas de
natureza religiosa.
Todos os anos eu compro dois tortells, um para o Jordi, o
meu afilhado e outro para Olga, a minha afilhada. Desde seu primeiro ano da
vida que cada ano eu ofereço-lhes o tortell. Eu lembro-me muito bem quando
ainda ia na casa do meu padrinho Ramon todos os anos a procura do meu tortell,
e claro! eu também ia na casa da minha madrinha a procura de outro.
Na minha família o Domingo de Ramos sempre foi um dia muito feliz. Também lembro-me muito bem que era o dia primeiro do ano que a minha mãe vestia-me com calças curtas; a primavera já tinha chegado e todos os meninos da aldeia apareciam na igreja com roupas novas de primavera. Quando eu voltei mais de quinze anos de edade o tortell desapareceu para mim. Eu comecei a descobrir a vida por outros caminhos e achava que aquilo já não era importante. Agora eu gostaria tanto de que os meus padrinhos ainda me compraram o tortell. Eles ainda estão vivos, mas infelizmente, eu não os visito muito. Eu moro longe deles. Normalmente eu os vejo uma vez cada ano. Agora eu sou o padrinho. Como troca a vida!
Na minha família o Domingo de Ramos sempre foi um dia muito feliz. Também lembro-me muito bem que era o dia primeiro do ano que a minha mãe vestia-me com calças curtas; a primavera já tinha chegado e todos os meninos da aldeia apareciam na igreja com roupas novas de primavera. Quando eu voltei mais de quinze anos de edade o tortell desapareceu para mim. Eu comecei a descobrir a vida por outros caminhos e achava que aquilo já não era importante. Agora eu gostaria tanto de que os meus padrinhos ainda me compraram o tortell. Eles ainda estão vivos, mas infelizmente, eu não os visito muito. Eu moro longe deles. Normalmente eu os vejo uma vez cada ano. Agora eu sou o padrinho. Como troca a vida!
Agora, infelizmente, a gente não gosta já das tradições
antigas; é uma pena. Agora temos demasiada informação, os meios de comunicação
levam-nos a ver a realidade. Infelizmente muitas das tradições religiosas que,
para mim, são tão bonitas, estão já a desaparecer. A culpa não é nossa. Na
minha opinião a igreja católica tem demonstrado ter sido muito falsa,
juntamente com muitos dos líderes católicos. Aqui está a situação, a realidade.
A gente não acredita com o catolicismo mais nunca. Por esta razão estas
tradições vão embora. Eu espero, porem, que de alguma maneira estas quedem como
parte da nossa cultura.
E algum dia não havera já nada de tudo que tenha trocado
minha vida e me angustiado e me enchido tantas vezes com tanto pesar…. Hermann
Hesse
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