O Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos
Apenas o sol vai saindo. Hoje acordei e levantei-me cedo, por redor das 7h00 horas. Ainda tenho que trabalhar. É dia de pago, que maravilha. Eu gostaria que todos os dias fossem dias de pago. Trabalhamos todo o mês para ser ricos um dia e depois todo o dinheiro vai rapidamente. Esta semana é Páscoa, podemos ver ovos, pintainhos e coelhitos de chocolate em muitas lojas e supermercados. Em muitas partes e países de todo o mundo celebra-se a Páscoa. Normalmente em todos os paises cristãos.

Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus dentre os mortos, descrita no Novo Testamento como tendo ocorrido no terceiro dia de seu sepultamento após sua crucificação pelos romanos. É o ponto culminante da Paixão de Jesus, precedida pela Quaresma (ou Grande Quaresma), um período de quarenta dias de jejum, oração e penitência.

Dentro da Páscoa temos o Domingo de Ramos que marca o momento em que o Filho de Deus entrou em Jerusalém em triunfo, cavalgando nas costas de um jumento, enquanto multidões, que mais tarde pediam que ele fosse morto, prestaram homenagem a ele.

Os cristãos acreditam que foi uma semana antes de sua morte e ressurreição, e os eventos daquele dia são lembrados em cultos especiais do Domingo de Ramos a cada ano.

Então, como é que o Domingo de Ramos recebeu esse nome?

O nome Domingo de Ramos vem dos ramos de palmeiras que as pessoas colocaram no caminho de Jesus enquanto ele entrava em Jerusalém no jumento.

Ramos de palmeiras são um símbolo amplamente reconhecido de paz e vitória, e nos tempos bíblicos eram muitas vezes lançados diante dos pés de um herói conquistador em homenagem.

Quando Jesus chegou à Cidade Santa, os escritores dos Evangelhos disseram que as multidões colocavam ramos de palmeiras e roupas a seus pés para homenageá-lo. Tinha sido previsto no Antigo Testamento que as pessoas reconheceriam o Messias quando ele entrasse na cidade, e então colocariam as palmas das mãos a seus pés.

Agora, durante a missa do Domingo de Ramos, as palmeiras são distribuídas aos paroquianos que os levam em uma procissão ritual na igreja. As palmas das mãos são abençoadas com água benta. As pessoas agora recebem pequenas cruzes, feitas de palmas, para levar para casa com elas.

Tradição catalã - o “tortell” do Domingo de Ramos

O tortell aparece em algumas celebrações festivas do ano, em Catalunha: o tortell de Reis, o Tortell de Santo Antonio e o tortell do Domingo de Ramos. O tortell é um bolo de massa em forma de rolo e recheado com vários produtos. O tortell do Domingo de Ramos é dado pelos padrinhos aos afilhados. De acordo com alguns analistas, em tempos remotos, estes eram ofertas de natureza religiosa.

Todos os anos eu compro dois tortells, um para o Jordi, o meu afilhado e outro para Olga, a minha afilhada. Desde seu primeiro ano da vida que cada ano eu ofereço-lhes o tortell. Eu lembro-me muito bem quando ainda ia na casa do meu padrinho Ramon todos os anos a procura do meu tortell, e claro! eu também ia na casa da minha madrinha a procura de outro.

Na minha família o Domingo de Ramos sempre foi um dia muito feliz. Também lembro-me muito bem que era o dia primeiro do ano que a minha mãe vestia-me com calças curtas; a primavera já tinha chegado e todos os meninos da aldeia apareciam na igreja com roupas novas de primavera. Quando eu voltei mais de quinze anos de edade o tortell desapareceu para mim. Eu comecei a descobrir a vida por outros caminhos e achava que aquilo já não era importante. Agora eu gostaria tanto de que os meus padrinhos ainda me compraram o tortell. Eles ainda estão vivos, mas infelizmente, eu não os visito muito. Eu moro longe deles. Normalmente eu os vejo uma vez cada ano. Agora eu sou o padrinho. Como troca a vida!

Agora, infelizmente, a gente não gosta já das tradições antigas; é uma pena. Agora temos demasiada informação, os meios de comunicação levam-nos a ver a realidade. Infelizmente muitas das tradições religiosas que, para mim, são tão bonitas, estão já a desaparecer. A culpa não é nossa. Na minha opinião a igreja católica tem demonstrado ter sido muito falsa, juntamente com muitos dos líderes católicos. Aqui está a situação, a realidade. A gente não acredita com o catolicismo mais nunca. Por esta razão estas tradições vão embora. Eu espero, porem, que de alguma maneira estas quedem como parte da nossa cultura.

E algum dia não havera já nada de tudo que tenha trocado minha vida e me angustiado e me enchido tantas vezes com tanto pesar…. Hermann Hesse

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